No dia 21 de março deste ano, numa sexta-feira, trabalhadoras terceirizadas, que prestavam serviço em Escolas Municipais da cidade de São Paulo/SP, cruzaram os braços, ou seja, entraram em greve, exigindo o pagamento de direitos em atraso, como vale-alimentação (chamado por elas de vale-cesta), férias e FGTS.
Na sexta-feira seguinte, dia 28, os pagamentos foram efetuados pela empregadora e o conflito se encerrou.
Tudo parecia ter se acertado, mas a paralisação das trabalhadoras terceirizadas coincidiu com a greve de professores e professoras da rede pública municipal e no momento sucessivo à greve o governo do município achou por bem realizar atos de represália contra lideranças do movimento, afastando-as das direções de escolas e nomeando um interventor para ocupar o cargo, sob o falseado argumento de que tais escolas estavam tendo baixo rendimento.
Para não ficar para trás, o empregador das trabalhadoras terceirizadas, mesmo reincidindo no atraso dos recolhimentos fundiários e pagamento do vale-alimentação, efetuou a dispensa por “justa causa” das trabalhadoras que haviam participado de forma mais ativa da paralisação.
A represália aos professores e professoras foi alvo de muitas denúncias, como, de fato, devia ser, resultando na reversão parcial da situação com a retirada dos interventores.
No entanto, com relação às terceirizadas dispensadas por “justa causa” nada foi feito e as abusivas cessações dos vínculos de emprego se mantiveram sem qualquer manifestação por parte do município.