Jorge Luiz Souto Maior

Valdete Souto Severo, em novembro de 2017, formulou um dos mais importantes questionamentos para decifrar o que vem se passando na realidade brasileira, buscando entender como se torna possível viver em paz e tranquilamente durante um regime de exceção. Sua hipótese, da qual não discordo, é a de que as pessoas alteram seus valores diante do medo e das incertezas provocadas pela difusão midiática, em larga escalada, da existência de uma crise, que se apresenta por diversos modos. O discurso incessante da crise, quase sempre desacompanhado de uma explicação, como revela Valdete, põe em questão o que existe e abre as portas para a introdução do novo, tornando possível a quebra dos pactos sociais, políticos e econômicos firmados, mas, ao mesmo tempo, abrindo as portas para tantas outras possibilidades[i].

​                                                                                                                 Jorge Luiz Souto Maior
 
No curso das intensas transformações promovidas desde o século XV, que abalaram as estruturas feudais, o iluminismo constituiu um passo decisivo para a consolidação da nova ordem. O desenvolvimento da capacidade de produzir raciocínios lógicos, explicativos, dominadores da natureza e organizativos da sociedade também contribuíram para o aprimoramento da condição humana, ainda que boa parte da racionalidade produzida estivesse comprometida com a consagração dos valores e das estruturas, inclusive jurídicas, essenciais ao novo modelo de sociedade em formação. 

                                                                                                                 Jorge Luiz Souto Maior

Em 2014, diante da greve dos garis, escrevi um texto em defesa do direito de greve daqueles trabalhadores, trazendo como subtítulo a expressão “o encontro do carnaval com sua história”[i].

Dada a pertinência, relembro algumas das colocações feitas no referido texto, para melhor refletir sobre a mensagem trazida pela Paraíso do Tuiuti.

                                                                                                                 Jorge Luiz Souto Maior
 
O Estadão resolveu curtir os dias de carnaval tratando da reforma trabalhista, o que, paradoxalmente, acaba servindo para demonstrar a importância do tema, refletida também, mas de forma bastante diversa, no desfile da Escola de Samba Paraíso do Tuiuti.

                                                                                                                 Jorge Luiz Souto Maior

Continuando a série A “reforma” trabalhista já era, cujo propósito não é outro senão o de demonstrar que os objetivos embutidos na Lei n. 13.467/17 não têm como ser levados adiante, não por conta de algum tipo de indisposição minha contra a lei, até porque quem sou eu para impedir alguma coisa?

O que só estou dizendo – que se reforça a cada novo fato (daí porque o advento dessa série) – é que a Lei n. 13.467/17, independente de se questionar o seu ideário, é repleta de impropriedades técnicas, que impedem a sua aplicação, gostem disso, ou não, aqueles que vislumbravam com o advento da referida lei a saída para alguns de seus problemas jurídicos específicos.

                                                                                                                 Jorge Luiz Souto Maior
 
                                             
                                                                                                           Eu moro com a minha mãe
                                                                                                         Mas meu pai vem me visitar
                                                                                            Eu moro na rua, não tenho ninguém
                                                                                                          Eu moro em qualquer lugar
                                                                       Já morei em tanta casa que nem me lembro mais
                                                                                                               Eu moro com meus pais
                                                                                                    (Pais e Filhos - Legião Urbana)
 

​Dizem que um juiz, que tem moradia onde trabalha e que, mesmo assim, recebe auxílio-moradia, justificou seu ato com o seguinte argumento: “O auxílio-moradia é pago indistintamente a todos os magistrados e, embora discutível, compensa a falta de reajuste dos vencimentos desde 1 de janeiro de 2015 e que, pela lei, deveriam ser anualmente reajustados”, afirmou o juiz ao jornal, em Curitiba[i].

UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO – FACULDADE DE DIREITO USP
DEPARTAMENTO DE DIREITO DO TRABALHO E DA SEGURIDADE SOCIAL
PROCESSO SELETIVO PARA INGRESSO NO CURSO DE ESPECIALIZAÇÃO EM DIREITO DO TRABALHO – Edição 2018/2019
 
APROVADOS
Classificação - Nº prova - Nome 

​01 780 Pedro Tarozzo Tinoco Cabral Lima
02 708 Monique Dominicheli do Nascimento Basso
03 448 Jéssica Serejo Luglio Oliveira
04 334 Felipe Augusto de A. M. Arruda
05 331 Francesco Scotoni Mendes da Silva
06 133 Bruna Fonseca Uchoa
07 298 Érika Cristhiane C. Marques
08 159 Carlos Alexandre A. Elldrikwer
09 329 Felipe Lopes Tamelini
10 245 Elisa Maria Secco Andreoni
11 09 Alexandre Corrêa
12 206 Cristiane Anizeti dos Santos
13 744 Otto Dmitry G. Hernandes
14 222 Daniel Ferreira da Silva
15 188 Charita Maria Doimo Rodrigues
16 664 Mariana Evelin da Silva Leal
17 673 Marina Costa Rosa Santiana
18 80 Anderson do Nascimento Leriano
19 823 Roberto Alves de Andrade Barbosa
20 909 Walmir Affonso Junior
21 326 Gabriela Oliveira Chikitani
22 363 Gabriela Menezes Zacareli
23 323 Fellipe da Silva Teixeira
24 372 Frederico Espinoza Cerruti
25 453 Joana Roberta Gomes Marques
26 96 Anna Beatriz de Alencar Reis
27 90 Andresa Aparecida Moreira
28 87 Andre Monteiro do Rosario
29 86 Andre Monici Sabino
30 821 Reinaldo Kosmo da Silva Lima
31 818 Renato Oliveira Santista
32 161 Carlos Augusto Pereira Nunes
33 112 Arlindo Oliveira Lima
34 149 Caio Spazzapan Meloni
35 359 Gabriel Moreira de Santana
36 292 Elaine D’Avila Coelho
37 235 Danielle da Costa Silva
38 665 Mariana Moraes Vieira
39 717 Natali Gomes Vancini
40 411 Iasmim Pereira Gois
41 562 Marcela Vasconcellos S. Andrade
42 294 Danilo de Carvalho Cremonini
43 253 Erazê Sutti
44 698 Mayara Rocha de Lima Pires
45 756 Patricia S. Nicolini de Deus
46 337 Felipe Meleiro Fernandes
47 734 Nevelle de Oliveira
48 367 Gabriel Ruiz Peixoto
49 224 Daniel Hermerian
50 214 Daiane Brasil Pereira Silva

SUPLENTES
01 328 Gabriel Henrique Zani Furlan
02 173 Carol Ana de Paula Ferreira R.
03 364 Gabriel Felizardo de Oliveira
04 21 Alexandra Del’Amore de Carvalho
05 597 Lucas Homem de Mello Pereira

APROVADOS POR COTAS
01 84 Andre Luiz Lima da Silva
02 406 Helena Pontes dos Santos
03 964 Tiago Alves da Silva
04 758 Patricia Souza Anastacio
05 798 Samuel Alves da Silva

SUPLENTES
01 474 José do Socorro Teixeira Gomes
02 538 Larissa Daniela Carvalho de Sá