A cada mês o IBGE apresenta o resultado de suas importantes pesquisas sobre o emprego no país. Os dados, no entanto, muitas vezes, são reproduzidos sem os necessários esclarecimentos e mais relevante do que ser informado sobre os números é entendê-los e, assim, realizar as necessárias avaliações a respeito do que os dados indicam.
Na última pesquisa divulgada, referente ao trimestre de abril, maio e junho de 2020, foi informado que o número de pessoas ocupadas no Brasil teve redução recorde de 9,6% no referido trimestre, em comparação com o trimestre anterior, o que representou uma diminuição de 8,9 milhões de ocupados.
Divulgou-se, também, que a taxa de desocupação (desemprego) subiu para 13,3%, uma alta de 1,1 ponto percentual com relação ao trimestre encerrado em março.
Outra informação foi a que o número de desocupados está na faixa de 12,8 milhões de pessoas.
Os desalentados chegaram a 5,7 milhões de pessoas, maior contingente da série histórica.
Também se informou que o número de trabalhadores sem carteira assinada atingiu o menor patamar da séria histórica (8,6 milhões de pessoas, uma queda de 2,4 milhões em relação ao último trimestre).
O número de trabalhadores por conta própria igualmente sofreu queda, na ordem de 10,3%, chegando a 21,7 milhões de pessoas, 2,5 milhões a menos.
Na categoria, trabalhadores do setor privado com carteira assinada, a redução foi de 2,9 milhões de pessoas (-8,9%). Agora o grupo soma 30,2 milhões de pessoas empregadas.
Outra informação foi a deque o rendimento médio habitual aumentou 4,6% no trimestre encerrado em junho, chegando a R$2.500, o maior desde o início da série histórica, mas a massa de rendimento real teve redução de 5,6%, ou seja, uma perda de R$ 12 bilhões.
Os dados são extraídos da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (PNAD Contínua), divulgada, em 06 de agosto, pelo IBGE.
Mas o que é, concretamente, a PNAD Contínua? O que é taxa de desocupação? Como se mede o desemprego? O que é desalento? O que é “série histórica”? O que é um trabalhador sem carteira assinada? O que é trabalhador por conta própria? O que são rendimento médio habitual e massa de rendimento?
E mais: qual o efeito dessa situação na vida da classe trabalhadora?
Quais foram os setores mais atingidos?
O que essa situação reflete na economia do país e nos direitos da classe trabalhadora?
As políticas estatais de enfretamento da pandemia geraram impactos nesses números?
Por fim (mas não só), quais as projeções que se podem fazer a partir da realidade?
É preciso entender melhor tudo isso.
Para tanto, vamos conversar com dois grandes especialistas no assunto.
Então, ficamos assim combinados:
Resenha Trabalhista XXXVI – “Como medir o desemprego e o que ele representa”
Participação: Jorge Luiz Souto Maior
Um bate-papo com:
- Jefferson Mariano: analista socioeconômico do IBGE, doutor em desenvolvimento econômico pela Unicamp, e professor na Faculdade Casper Líbero;
- Marilane Teixeira: economista e pesquisadora do CESIT/IE (Unicamp) e professora da Flacso.
Domingo, hoje, 27/09/20 às 19h00
Transmissão pelos canais:
https://www.youtube.com/watch?v=oQZbFS1BSdE
https://www.facebook.com/JorgeLuisSoutoMaior/videos/1821705444647516/
Até lá!
Jorge Souto Maior