Jorge Luiz Souto Maior(**)
Valdete Souto Severo(***)
Certamente, a maioria de nós está bastante abalada por conta dos efeitos desastrosos da COVID–19. Todos temos amiga(o)s, conhecida(o)s ou parentes que sofreram com a doença; muitos perdemos pessoas próximas. A pandemia afeta os corpos de modos diversos, atinge também as crianças, leva à morte pessoas que não estão em grupos considerados de risco, provoca sequelas neurológicas mesmo naquela(e)s em que os sintomas são considerados leves. Trata-se, portanto, de uma situação que traz desafios constantes para a nossa sanidade física e mental.
No Brasil, já passamos de 217 mil pessoas mortas e mais de 8,8 milhões de pessoas infectadas, em números oficiais que não dão conta da realidade, pois sabemos que de fato não há testagem e, portanto, muitas das pessoas contaminadas e que seguem contaminando não estão sendo contabilizadas.
Um flagelo social que tem causado, inclusive, muitos efeitos colaterais que não são discutidos com a seriedade que mereciam. A ausência de transplantes, a falta de atendimento para doenças que não estão relacionadas à pandemia, em função do deslocamento dos recursos dos hospitais, que já são escassos, para o salvamento ou a manutenção da vida de pessoas infectadas por COVID-19 são efeitos que têm provocado a morte precoce de muita gente.
Em meio a tudo isso, surge a vacina, produzida em tempo recorde, exatamente porque o mundo sabe do risco, para a continuidade da raça humana, que representa um vírus que em alguns corpos é letal e que tem apresentado mutações que podem vir a torná-lo ainda mais agressivo ao corpo humano.