Circula a notícia de que uma pessoa, que responde pelo nome Ricardo Vélez Rodriguez, teria dito que a ditadura militar, que se manteve no Brasil de 1964 a 1985, não foi uma ditadura, e que a instalação de tal regime não se deu por um golpe. Diz-se, ainda, que, não satisfeita, também teria anunciado que determinaria a alteração dos livros didáticos nesse sentido.
Incrédulo, fui checar.
Descobri que as guerras mundiais foram forjadas para impulsionar a indústria cinematográfica hollywoodiana; que Stalin era um agente infiltrado da Cia; que Hitler era marxista; que os negros africanos pediram para que os europeus os escravizassem; que as mulheres oprimem os homens com o machismo; que Simón Bolívar, sob influência de Marx, era, na verdade, um traficante de coca; que Pablo Escobar, que influenciou Buda, era um grande líder político e que Elvis não morreu. Aliás, fiquei sabendo que as pessoas não morrem, viram gnomos e se alojam em árvores.
Fui ficando atordoado e bastante preocupado com o que passariam a dizer os livros didáticos, mas acabei me tranquilizando, pois, como nos filmes, se o passado é alterado, o futuro não pode ocorrer e acabei descobrindo que nesse universo modificado, onde até a sétima arte é atingida, tal como o filho de Sarah Connor, Vélez não nasceu.
São Paulo, 05 de abril de 2019.