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Toque de Viana(*)

13/9/2023

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                                                                                             Por Jorge Luiz Souto Maior

(*) Uma singela homenagem ao nosso grande e adorado mestre Márcio Túlio Viana (Prefácio da obra com "estudos referenciados pela obra de Márcio Túblio Viana, organizada por Amauri César Alves; Liza Guedes Vilhena Marcachini; Lucas Figueiredo de Oliveira. Publicação Editora RTM-Belo Horizonte)


É conhecida a trama trágica, integrada à mitologia grega, do rei Midas, que, por concessão divina, tinha o poder de transformar em ouro tudo que tocava. Daí a expressão: “toque de Midas”.

Quando me pediram para que fizesse um texto sobre o professor Márcio Túlio Viana a primeira figuração que me veio à mente foi a desse poder do rei Midas, embora os dois personagens sejam muito distintos, assim como seus objetivos e o resultado de suas trajetórias.

O professor Márcio Túlio, inclusive, em nada se equipara a um rei. Bem ao contrário, está mais para o campesino, o trabalhador, o ser humilde, que, de fato, possui uma sabedoria, que advém da práxis e de muita dedicação e poder de observação.

A analogia se situa em outro plano. Mais propriamente está restrita ao aspecto do poder transformador com apenas um gesto, uma palavra, um olhar ou um suspiro, como se dá no caso do nosso homenageado.

E o que o professor Márcio Túlio Viana transforma não são objetos, são as pessoas.
Todas as pessoas que tiveram o enorme privilégio de interagir com o Márcio Túlio, ao lerem esse texto, saberão precisamente do que se trata, pois tenderão a lembrar do exato momento, dia e hora, em que viram suas vidas transformadas após algum ensinamento de nosso mestre.

Hoje o conhecendo melhor, consigo entender que o Márcio Túlio é um ser humano como qualquer outra pessoa e isto é muito bom, porque antes o considerava uma figura com poderes sobrenaturais.

E vendo-o com esta perspectiva, fico me pergunto se seus atos seriam cuidadosamente calculados, inseridos em uma estratégia previamente estabelecida, já que, invariavelmente, atingem o objetivo.

Para que se entenda bem do que estou falando, vou contar um pouco sobre a minha trajetória com o Márcio Túlio, sabendo, de antemão, que os(as) leitores(as), que também conviveram com o professor, se identificarão com a história.

Falando de mim, estou certo que falarei da história de todos nós, alunos e alunas, do professor Márcio Túlio, sendo isto, inclusive, o que reforça a pertinência da pergunta antes formulada.

Pois bem, conheci o professor Márcio Túlio em 1988, quando ele, na qualidade de juiz do trabalho em Poços de Caldas-MG, se dedicava a dar aulas, no sábado de manhã, em curso de especialização em Direito do Trabalho, realizado pela Faculdade de Direito do Sul de Minas, na cidade de Pouso Alegre-MG, a 100 km de Poços.

Aquele professor desconhecido, falando coisas completamente inatingíveis pela minha compreensão, me impressionava, não pelo conteúdo, mas pela preocupação que demonstrava de saber se a gente estava entendendo o que ele estava explicando. E repetia a fala quantas vezes fosse necessário e de formas sempre variadas e carregadas de exemplos e analogias.

Mas não só isso, ele também ia até o limite do último minuto da aula. De fato, a gente tinha que o interromper e terminar a aula, pois, do contrário, não daria tempo de levá-lo até a rodoviária, onde pegaria o ônibus para Poços. Sim, aquele professor e juiz do trabalho ia de ônibus, fazendo em quase três horas, uma viagem que, de carro, não passaria de uma hora...

Assim, dia a dia, ou melhor, semana a semana, ele ia ganhando a admiração de todos, e mais que isto, ia nos permitindo uma aproximação pessoal cada vez mais estreita, como na história do Pequeno Príncipe.

Até aí, talvez não se tenha nada demais. Muitas pessoas, inclusive, dirão: “isto é o que muitos docentes fazem ou deveriam fazer”. Só que no caso do Márcio Túlio, a figura clássica do professor não se apresenta. Tudo se passa de um modo a se crer na formação de um laço profundo de amizade íntima e especial.

Voltando ao meu relato, cumpre acrescentar que havia acabado de encerrar, precocemente, uma carreira, embora breve, de atleta profissional de futebol. De todo modo, os anos de atuação no glorioso PAFC foram suficientes para que me tornasse um personagem púbico na cidade. Todos os demais alunos do curso, por isso, ainda me vinham como o “jogador de futebol”.

Por alguma razão, esta situação fazia com que, de fato, eles me considerassem “um intruso”, como que não deveria estar ali ocupando o mesmo espaço em uma atividade acadêmica.

Eu me fazia de morto e fingia que a discriminação não rolava solta. Assim, de forma até provocativa, promovia intervenções na aula, formulava perguntas e até arriscava respostas a eventuais indagações feitas pelo professor.

E seria apenas mais uma experiência de exclusão, que já havia ocorrido durante a graduação – toda ela feita enquanto ainda estava na ativa, não fosse o fato inusitado que se passou ao final do curso.

Aquele professor que foi cativando a todos com seu jeito calmo, atencioso e comprometido, além, por certo, do enorme conhecimento – em um plano completamente inatingível – veio até a mim (lá no fundo da sala de aula), sentou-se ao meu lado e, me presenteando com um livro (O Alienista, Machado de Assis), disse: “Vi que o clima aqui não foi muito bom para você, mas queria que soubesse que dentre todos aqui você é o que leva mais jeito pra coisa. Constatei que você tem muita deficiência de formação, inclusive colegial. Então, começando por este livro, leia bastante e aprimore sua escrita, que você vai longe”.

Eu, obviamente, fiquei sem palavras e naquele instante preciso a minha vida mudou completamente.

Daí por diante não perdi mais de vista o professor Márcio Túlio. No novo desafio lançado, a todo momento, para qualquer dúvida ou proposição, me socorria do professor, que, com o tempo, se tornou mais que um grande amigo.

Márcio Túlio, no meu imaginário, era, por assim dizer, um pai e eu seu filho único.

E assim os anos se passaram...

Até o dia em que descobri que o Márcio Túlio tinha filhos. Como assim? Um certo ciúme bateu.

Depois, conheci uma pessoa que havia passado por experiência semelhante à minha com o professor. Me abalei um pouco, mas tudo bem. Só que depois veio outra e, depois, mais outra, até que tive contato com uma legião de pessoas que tiveram suas vidas transformadas por uma palavra, um gesto, um olhar do Márcio Túlio.

E todas haviam passado pela mesma situação de se sentirem as únicas para quem Márcio Túlio guardava uma preocupação especial. E também de se verem um pouco entristecidas quando descobriram que não eram as únicas.

No início, como dito, rejeitei um pouco a ideia. Na sequência consegui admitir a obviedade de que a amizade do Márcio Túlio não era minha exclusividade. Até atingir o estágio da compreensão de que aquele ser humano era, ele sim, único e que sua função, quase sobre humana, era esta, a de mudar a vida das pessoas.

Do sentimento de posse, passei à visualização de ter tido o privilégio de tê-lo conhecido e ter sido um alvo de suas preocupações em algum momento. Com naturalidade, paz no coração e enorme satisfação, passei a me integrar à legião dos atingidos e transformados pelo Márcio Túlio Viana.

E o mais interessante é que ele faz tudo isso sem muito esforço e transmitindo a todos nós uma parcela da sua serenidade e compreensão de que as coisas acontecem ao seu tempo, desde que, claro, estejamos preparados para elas.

Só que esta preparação, na metodologia “marciotulioviana”, não é um martírio, um sacrifício. É uma sucessão de prazeres marcados pela sensação de reiteradas descobertas às quais se chega, sobretudo, pela percepção, ou, mais propriamente, pela compreensão de que é preciso ter atenção para as diversas fontes, nos mais variados formados, que nos chegam a todo instante. E, para tanto, o fundamental é aguçar os sentidos e liberar os sentimentos.

Mas a maior lição do professor Márcio Túlio Viana é a que se extrai da sua simplicidade, que, tantas vezes, oculta – talvez, propositalmente – o seu enorme conhecimento.

Em frases singelas, simplórias até, ou mesmo com analogias aparentemente desconectadas do assunto, Márcio Túlio nos tira da prisão do raciocínio binário e viciado, para tentar nos conduzir ao plano mais profundo que a razão e o sentimento humanos podem atingir.

Não alcançamos este ponto, afinal, não somos Márcio Túlio. De todo modo, já ter um caminho a seguir confere um grande sentido às nossas vidas e até mesmo nos possibilita atingir a tranquilidade necessária para entender que todo este processo de transformação não se perfaz no plano estrito de nossa condição individual, mas para o cumprimento da tarefa de o replicar.

E com a reprodução de todos esses ensinamentos o que se projeta é algo grandioso e essencial, qual seja, a construção de uma sociedade verdadeiramente humana e materialmente igualitária.

Em síntese, com sabedoria e leveza, Márcio Túlio nos conduz à luta e seus ensinamentos têm a potência de uma autêntica Revolução!
​
Brasil, 27/06/23.
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Editado por João Pedro M. Souto Maior