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BLOG

"The Place"

23/10/2018

1 Comentário

 
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                                                                                                  Jorge Luiz Souto Maior
 
O filme italiano, lançado em novembro de 2017, The Place, cujo título em português é Os Oportunistas, do diretor Paolo Genovese, conta a história de várias pessoas que estão em busca da concretização de seus desejos. Desejos diversos e humanos.

Uma de cada vez, elas se encontram com um personagem enigmático em um bar, a quem pedem a realização de seus objetivos.

​A trama se passa toda ela no bar em questão, denominado The Place. 
O personagem fica no bar dia e noite, sentado sempre à mesma mesa. Ali ele escuta as pessoas e, anotando tudo em um livro, diante da demanda, responde: “pode ser feito”.

Mas para tanto seria preciso que elas firmassem um acordo com ele. O desejo se realizaria desde que o postulante aceitasse cumprir uma tarefa específica.

Aceito o acordo o personagem retira das anotações do mesmo livro a tarefa, que é distinta para cada proponente.

As tarefas, no entanto, são inesperadas e, para algumas delas, são, também, horripilantes.

Para a pessoa que quer que o seu filho cure de um câncer, a tarefa encomendada é matar uma menina.

Para a mulher que quer ficar bonita, a tarefa é realizar um assalto.

Ao cego que quer enxergar, violentar uma mulher.

À freira virgem que quer voltar a crer em Deus, ficar grávida.

A um policial que deseja recuperar o dinheiro de um assalto, espancar alguém.

Ao que pretende passar uma noite com uma mulher de capa de revista, a tarefa é proteger uma menina de todos os males, durante duas semanas.

A de uma senhora, que quer que seu marido se cure de Alzheimer e volte para casa, o que deve fazer é construir uma bomba e detoná-la em um bar repleto de pessoas.

A que quer voltar a ter boas relações com o marido, a incumbência é separar um casal.

As pessoas se assustam com as encomendas, mas diante do desespero, da desesperança, concordam em realizá-las, arrumando sempre um argumento que pudesse justificar o ato.  O que aceita matar a menina diz que viu os pais batendo nela. A senhora da bomba chega a tentar se convencer com o argumento de que, afinal, “tanta gente mata de um jeito ou de outro para conseguir aquilo que quer”.

Em outra passagem, ela se dirige ao personagem em tom de enfrentamento e reclama: “Eu não acredito que o senhor me forçou a fazer uma coisa tão medonha” (ela já havia construído a bomba naquele instante). Ele rebate: “Eu não forço ninguém”. E ela exclama: “Ah tá, claro! O senhor não força ninguém, mas nem sempre somos livres para escolher porque a simples ideia de haver uma oportunidade bem pode nos empurrar para uma direção equivocada. Tem uma coisa terrível em cada um de nós e quem não é obrigado a descobri-la é muito abençoado. Eu sou velha e tinha quase conseguido, só que o meu demônio resolveu dar as caras na última hora”.

O enredo se desenvolve com os relatos das pessoas sobre as providências que estão tomando para cumprir as tarefas, as suas dificuldades, as suas incertezas, as suas angústias. O personagem do bar, de forma sempre serena, diz que elas não são obrigadas a cumprir o acordo, que pode ser desfeito a qualquer hora, sem nenhuma punição.

Muitas relutam, querem desistir, mas persistem.

À distância, uma garçonete do bar observa tudo e até chega a conversar algumas vezes com o sujeito do bar, tentando entender o que ele fazia ali, mas não evolui muito na investida.

Como as pessoas só pensam no seu desejo próprio, não percebem que, na verdade, as histórias de quase todas elas se entrelaçam de algum modo, até porque as tarefas fixadas, como dito, são extraídas do mesmo livro no qual as histórias dos proponentes são inscritas.

O que o diretor quer explicitar é que quando não nos importamos com o que pode acontecer com as outras pessoas para atingirmos os nossos desejos e isso se generaliza, haverá sempre quem buscará satisfazer o seu próprio desejo passando por cima de nós. Somos, assim, vítimas dos meios que admitimos como válidos para atingirmos os nossos desejos.

Além disso, como demonstrado na história de alguns, mesmo com o desejo realizado, mediante a imposição de uma vontade própria, não se chega a um estágio estabilizado de felicidade, pois outros problemas, inesperados, surgem da nova realidade e que, de um jeito ou de outro, defluem dos meios que vão sendo implementados.

A pessoa que tinha que separar um casal, por exemplo, cumpriu sua tarefa e obteve o marido de volta, mas este ficou tão apaixonado por ela que se tornou possessivo ao ponto de espancá-la por ciúmes algumas vezes, até que a assassinou. Ocorre que o assassinato se consumou porque aquele mesmo policial, que deveria espancar alguém para reaver o dinheiro de um assalto, também cumpriu sua tarefa mas com isso acabou descobrindo que o ladrão era o seu filho e para se reaproximar de seu filho voltou ao personagem do bar e fez novo acordo, cuja tarefa passou a ser a de encobrir a denúncia de alguma mulher vítima de violência.

Por outro lado, muitos dos proponentes vão percebendo que perante as situações criadas poderiam agir de modo diferente, ou seja, se desapegarem do desejo inicial, reformulando sentimentos e práticas.

O cego, que tinha que violentar uma mulher, e a freira, que tinha que engravidar, se apaixonam e encontram uma nova razão para viver. O que tinha que proteger a menina por duas semanas, mesmo tenho cumprido a tarefa, compreendendo que a menina continuaria correndo risco, porque matar essa menina era exatamente a tarefa daquele que queria a cura do filho, desapega-se de seu desejo e decide continuar protegendo a menina com o propósito, agora, de se tornar um herói. Mas, para isso, acaba sequestrando a menina para protegê-la.

Aquele que tinha a tarefa de matar a menina consegue encontrá-la no cativeiro e quando estava pronto para cometer o crime, olhando nos olhos dela, desiste de fazê-lo. E, na sequência, vai ao bar e conta ao personagem que depois que desistiu de matar a menina foi para o hospital onde já esperava encontrar seu filho morto ou vê-lo morrer em seus braços, mas que, lá chegando, recebeu a notícia de que seu filho havia se curado completamente.

Ele reclama e até dúvida dos poderes do personagem. Este, então, responde: “Eu nunca disse que ele morreria se você não fizesse”. O pai do menino decreta: “Você é um monstro”. E o personagem completa: “Digamos que eu alimento os monstros”...

Já a senhora da bomba, depois de tantas idas e vindas, volta-se ao personagem e diz: “Eu decidi, não vou mais por a bomba naquele bar. Vou colocá-la aqui, esta noite”. Ele olha assustado, mirando, inclusive, as diversas pessoas que estão no bar. Ela, então, retruca, em tom irônico: “Hei, não me diga agora que se preocupa com essas pessoas”. E completa: “Sabe eu pensei muito e decidi: se devo matar tantos inocentes, então, ao menos vou matar um culpado, não é?”

Não era, entretanto, a sua real decisão. O que ela efetivamente tinha concluído é que não valeria a pena atingir o objetivo almejado, e explica: “Mas depois eu pensei. Quando meu marido sarar e voltar para casa lúcido, sentar-se na poltrona à minha frente, como eu vou olhar nos olhos dele? O que que eu vou dizer a ele? Ele será novamente ele. Mas e eu? Eu não serei mais eu. Eu serei como o senhor.”

No final, a garçonete consegue um diálogo mais aberto com o personagem e vendo que ele estava ali aprisionado, sem dormir, passando dias e noites, indaga-lhe se ele não teria algum sonho ou algum desejo e o desafia: “Experimenta contar pra mim”.

Ele responde: “Eu gostaria de parar de fazer o que eu faço. Adoraria não precisar mais ouvir os males do mundo”. Então, ela diz: “pode ser feito!”

E o filme termina com uma cena em que o bar, enfim, aparece vazio.

Eis um filme bem importante para que nos percebamos como seres humanos e sociais.

Vale assistir.

​São Paulo, 22 de outubro de 2018.
 
1 Comentário
ALEXANDRE KRISZTAN JUNIOR
29/10/2018 10:20:46 pm

Simplesmente inspirador, retrato da realidade humana e da sua capacidade de ser desumana, da politica nacional nacional atual (mas isso sou eu quem digo nobre professor) e de todas intituiçoes corrompidas.

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Editado por João Pedro M. Souto Maior