No momento em que se tenta vender a antiga e surrada ideia de que terceirização é uma técnica "moderna" do processo produtivo e benéfica para a classe trabalhadora, ou que não representa redução de direitos, parece importante reproduzir o documentário realizado, em 2014, pelo Grupo de Pesquisa Trabalho e Capital da Faculdade de Direito da USP, "Terceirizado, um trabalhador brasileiro", que demonstra um pouco da precarização e da invisibilidade a que são submetidos os trabalhadores terceirizados e as trabalhadoras terceirizadas, inclusive no setor público, onde a terceirização, ainda, tem o gravame de ferir as regras constitucionais do concurso público e da estabilidade no emprego, e de contrariar os princípios administrativos da legalidade, da impessoalidade e da moralidade, além, é claro, de afrontar os princípios fundamentais da República da dignidade humana e do valor social do trabalho.
São Paulo, 28 de junho de 2017
Jorge Luiz Souto Maior
Coordenador do GPTC-USP