Quando pegamos o metrô ou um ônibus, quando compramos algum produto, sem sair de casa ou diretamente no local de comércio, costumamos não pensar no enorme trabalho que está por trás desse ato aparentemente tão natural de fazer um deslocamento ou de realizar uma compra.
Mas, como advertia Marx, as mercadorias não vão sozinhas ao mercado e nós mesmos, embora moventes, não conseguiríamos exercer o nosso direito de ir e vir ou de satisfazer nossas necessidades do estômago ou da imaginação sem que tantas outras pessoas estivessem trabalhando para que isso fosse possível, ao menos no modelo de sociedade em que vivemos.
No período da pandemia, no entanto, como se tem dito, os personagens desses trabalhos invisibilizados ganharam vida.
Essa quase comoção social, no entanto, conforme está sendo revelado nesta série de programas de entrevistas com trabalhadores e trabalhadoras, não correspondeu a uma melhora das condições de trabalho dos respectivos profissionais.
Aliás, muito pelo contrário, as condições de trabalho e de vida dessas pessoas têm piorado.
Dando seguimento a essa avaliação, é importante saber o que está acontecendo com as pessoas responsáveis por realizar essa atividade essencial do transporte de pessoas e bens.
- Esses trabalhadores e trabalhadoras se identificam como categoria única?
- Os demais trabalhadores e trabalhadoras que são por eles transportados diariamente os visualizam como integrantes da classe trabalhadora?
- Quais os problemas relativos à sua organização coletiva? Qual o índice de sindicalização?
- Quem são os considerados “motoristas autônomos” e qual sua relação com os transportadores que atuam na qualidade de “empregados”?
- Qual o nível de informalidade na categoria?
- Que a proteção social que lhes é reservada?
- E as condições de trabalho: jornada de trabalho; proteção contra acidentes e riscos no trabalho (sobretudo na pandemia); salários; descansos etc.
- Por fim, qual a sua relação com os trabalhadores(as) terceirizados(as) que atuam na limpeza e na segurança relacionadas às suas atividades?
Para tratar desses e outros importantes assuntos vamos conversar com algumas das pessoas diretamente envolvidas com esse trabalho.
Então, ficamos assim combinados:
Resenha Trabalhista - Programa XIV: “As condições de trabalho de quem exerce a atividade essencial do transporte”
Participação: Jorge Luiz Souto Maior
Um bate-papo com:
- Camila Lisboa - coordenadora geral Sindicato dos Metroviários de São Paulo-SP
- Aldo Lima - presidente do Sindicato dos Rodoviários de Recife
- Ronaldo Costa (Ripa dos condutores) - vice presidente do sindicato dos condutores do Vale do Paraíba
- Luís Henrique Chagas – metroviário de Porto Alegre
- Alda Santos – metroviária de Belo Horizonte
Sábado, dia 20/05 às 19h
Transmissão:
https://www.youtube.com/watch?v=1IbEMbPX0uQ
https://www.facebook.com/JorgeLuisSoutoMaior/videos/724304948399162/
Até lá!
Jorge Souto Maior