Por intermédio do presente texto, queria apenas deixar registrado um enorme agradecimento a todos e todas que participaram do blog com suas leituras e comentários (mesmo críticos) dos 39 artigos e 8 manifestos publicados em 2016.
Aproveito para pedir desculpas àqueles que enviaram generosas e estimulantes mensagens e aos quais, diante do grande número de compromissos, não consegui responder. É que diante de mil afazeres simplesmente não tive fôlego para isso – e para muito mais.
De todo modo, este não é, digamos assim, um “blog profissional”, e sim uma espécie de voluntarismo, praticado em poucas horas vagas, do ato de escrever, com o objetivo de tentar contribuir de alguma forma para as reflexões voltadas à compreensão do mundo do trabalho, avançando sobre as temáticas que essa preocupação acaba atraindo.
O ano de 2016 foi particularmente muito complicado e não é uma tarefa fácil fazer análises no exato momento em que os fatos estão ocorrendo, mas algum entendimento precisa ser buscado para que se possa cumprir a tarefa essencial de tentar intervir na realidade, ainda mais quando se verificam várias investidas para tentar impor retrocessos a muitas das conquistas da humanidade em sua história recente.
Em 2016, uma conjugação de forças favoreceu ao avanço das ameaças de retrocesso, gerando perplexidades, complexidades e medos, o que também provocou incertezas e até desavenças mesmo entre pessoas que sempre estiveram do mesmo lado e que nunca deixaram de buscar o melhor não apenas para si, mas para o conjunto dos seres humanos.
Esta talvez tenha sido a maior derrota de 2016.
Por outro lado, como diria o poeta, aprendemos muito neste ano, afinal de contas, superando o medo, conseguimos perceber que há muito de utópico, no sentido de pretender algo irrealizável, na onda reacionária, já que é incompatível com a lógica da evolução da humanidade caminhar para trás.
O positivo foi que, na emergência, reaprendemos a força da ação coletiva, o estímulo da solidariedade, o caráter emancipatório da consciência de classe e o poder da resistência.
Se 2016 foi um ano de perplexidades e ameaças, 2017 será o ano que nos desafiará a superar os medos, desvendar as aparências e abandonar a inércia, para firmar um necessário posicionamento no conflito cada vez mais evidenciado entre o capital e o humano.
Por certo, não será nada fácil, mas pior seria se não tivéssemos a visualização do processo histórico e não compreendêssemos o papel que nos é reservado na construção do futuro.
Desejo-lhes boas lutas em 2017.
Muito obrigado pela força!
Vamos em frente...