Consigno, com pesar, o falecimento, no dia de hoje, de Armando Casimiro Costa Filho, diretor da LTr Editora.
Armandinho, como todos o chamavam, era um ser humano daqueles que estão sempre dispostos a ouvir e a ajudar, não importando se concordava, ou não, com o conteúdo da fala.
Era um ser plural, democrático, por assim dizer.
A ele devo a oportunidade de publicar livros e textos, com o objetivo principal da difusão de ideias. Quando ele me desafiava a escrever algo sobre algum tema, eu dizia, "Mas, Armadinho, esse livro não vai vender nada, vai dar prejuízo", ele respondia, "não importa; o importante é que registremos suas ideias".
E assim convivemos por quase três décadas. Ele, sem nunca expressar abertamente, discordando das minhas ideias, mas me dando enorme apoio e incentivo. E eu, sem qualquer tipo de disfarce, ou seja, deixando claro o meu pensamento, contribuindo com o que pudesse para atender as suas demandas desafiadoras.
Se pudesse resumir essa relação, sob o aspecto econômico, diria que o que realizamos juntos foi uma empreita de completo fracasso. Do ponto de vista humano, no entanto, quero crer que tenha sido um pleno sucesso. Ao menos era assim que me sentia quando o encontrava em qualquer lugar e ele, com enorme sorriso no rosto e para meu renovado espanto, dizia: "Quando vem o próximo?"
A notícia de seu falecimento me traz, hoje, a sensação de um enorme vazio...
Obrigado por tudo, amigo!