Afirmamos que não reconhecemos legitimidade jurídica e autoridade política ao STF para promover uma reforma trabalhista em detrimento dos direitos dos trabalhadores, representando tal atuação um desrespeito ao Direito do Trabalho, sua história, sua doutrina, suas premissas e sua função.
Do mesmo modo, pela incidência dos pressupostos e princípios acima referidos, o Congresso Nacional está impedido de efetivar retrocessos sociais. Um Congresso que, além disso, se revela incapaz de compreender a gravidade do atual momento político, uma vez que tem se mostrado surdo às manifestações dos estudantes e da classe trabalhadora, que expressam a completa sua total rejeição às propostas legislativas de teor destrutivo, de que são exemplos a PEC 55, o PLC 30 e a MP 746.
Repudiamos, portanto, as propostas de “reformas” trabalhista e previdenciária, que pretendem, concretamente, impor retrocessos aos direitos da classe trabalhadora. Deixamos claro que estamos nas trincheiras da resistência, expressando em bom tom: nenhum direito a menos!
São Paulo, 07 de dezembro de 2016.
ABRAT – Associação Brasileira dos Advogados Trabalhistas
ADUSP – Associação de Docentes da USP
AJD – Associação Juízes para a Democracia
ALAL – Associação Latino-Americana de Advogados Laboralistas
ALJT – Associação Latino-americana de Juízes do Trabalho
ANAMATRA – Associação Nacional dos Magistrados da Justiça do Trabalho
Fórum Permanente em Defesa dos Direitos dos Trabalhadores Ameaçados pela Terceirização - Fórum
GPTC – Grupo de Pesquisa Trabalho e Capital - USP
MP Transforma – Coletivo por um Ministério Público Transformador
RENAPEDTS – Rede Nacional de Grupos de Pesquisas e Extensões em Direito do Trabalho e da Seguridade Social
SINTUSP – Sindicato dos Trabalhadores da USP