O golpe se consumou em 1º de abril, mas outra data foi a que se registrou na história. Golpe do golpe.
E se apresentou como Revolução. Novo golpe do golpe.
Disse que veio para defender a democracia e a dignidade humana. Mais um golpe do golpe.
Prendeu, perseguiu, silenciou, exilou, torturou e matou, com golpes e mais golpes.
Se disse eliminado, mas se manteve vivo em repressões sobre movimentos sociais e greves, atuando forte nas periferias das cidades.
Foi reativado em 2016 e jorrou lavas a jato em 2017.
Se viu “democraticamente” legitimado em 2018 e aprofundou sofrimentos em 2019 e 2020.
Em 2021, se escancarou.
De que forma?
Fingindo ser o que não é.
Enfim, a recente notícia de golpe é um mais golpe, para nos afastar da percepção do quanto o desgoverno tem golpeado a vida de 4.000 pessoas por dia.
Até quando os golpes vão continuar conduzindo a nossa trágica trajetória?
São Paulo, 1º de abril de 2021.