Por Jorge Luiz Souto Maior
Demorei algum tempo para falar seu nome corretamente.
Demorei também para obter a honra de ser seu amigo.
Demorei para acompanhar seu raciocínio.
Demorei para seguir seus passos...
Todas essas deficiências já consegui superar, mas nem todo o tempo que me resta será suficiente para que eu – ou qualquer pessoa – consiga explicar quem você é e o que você representa. Mas isso não tomo como uma deficiência minha, pois aprendi que você transcende a tudo que se tem como parâmetro da compreensão humana. Você não é apreensível pela razão e, por isso, inexplicável pelas palavras.
Talvez alguém pense que isso é um exagero, mas só pensará assim quem não passou pela experiência concreta – em que me vejo agora – de tentar encontrar as palavras para formular um agradecimento a você.
Fato é que a inteligência humana ainda não foi capaz de descrever um ser humano que está entre nós, mas que possui qualidades e valores que não somos capazes sequer de imaginar.
A sua dedicação e o seu inconformismo com a minha situação, que superou, e muito, ao que eu próprio teria forças para implementar; o seu sofrimento com as minhas angústias, que eu mesmo não consegui atingir; a sua postura, enfim, de conseguir se colocar no meu lugar, em um patamar que eu não conseguiria me colocar, é uma prova de que você está em um estágio muito superior ao que conseguimos visualizar, ou, como diz minha querida companheira de sempre, Giovanna, que você é uma existência que supera a condição humana.
Então, digo-lhe, de forma singela, muito obrigado, mas esteja certo de que aonde você for eu vou!