Os tempos estão cada vez mais difíceis.
O negacionismo, que rega o entreguismo, cresce e é ainda mais convicto.
O autoritarismo ressoa por toda parte, mesmo entre os autoproclamados “democratas”.
O conhecimento cede à lógica da conveniência, retroalimentando a estupidez e a violência.
Às utopias se sobrepõem o conformismo e o imediatismo.
A solidariedade é obstada pelo oportunismo.
E as associações que se produzem a partir desse estranho pragmatismo misturam ideais, confundem as mentes e conduzem a um vazio no qual tudo vale, mas que, ao mesmo tempo, nada tem, de fato, algum sentido, a não ser o da produção do sentimento (ilusório, obviamente) de se estar integrado a um grupo ou movimento, seja lá por qual motivo e em que direção for.
Nada disso é um acaso, no entanto.